Sistemas de Captação de Água de Chuva com
Fins Agrícolas

Métodos de Captação de Água de Chuva "in situ"

José Barbosa dos Anjos, Paulo Roberto Coelho Lopes, Luiza Teixeira de Lima, Maria Sônia Lopes da Silva
EMBRAPA - Semi-árido
Caixa Postal 23
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E-mail: jbanos@cpatsa.embrapa.br

 

Resumo

Na região semi-árida brasileira, o regime pluviométrico anual é um fator preponderante para o sucesso da agricultura dependente de chuva, sendo a sua má distribuição, no tempo e no espaço, a principal responsável pela perda de safras agrícolas. O sistema tradicional de cultivo na região semi-árida é a semeadura em covas, no plano, com o auxílio de uma enxada, o que dá origem a uma pequena depressão, capaz de armazenar certa quantidade de água de chuva. Este sistema é aparentemente pouco agressivo ao meio ambiente, no entanto, como o solo não foi preparado (arado), a sua superfície apresenta-se ligeiramente compactada, dificultando a infiltração e facilitando o escoamento superficial, o que contribui para o processo erosivo. No entanto, técnicas simples de preparo do solo, visando a captação da água de chuva „in situ" são mais apropriadas aos sistemas de produção adotados pelos agricultores, e podem ser implantadas usando-se tanto a tração mecânica quanto a tração animal. Os sistemas de captação de água de chuva „in situ" mais utilizados na região semi-árida brasileira são: sulcmento pré e pós-plantio, sulcos barrados, camalhões inclinados ou sistema W, aração parcial e o sistema Guimarães Duque. Neste trabalho, são apresentadas as principais técnicas de captação de água de chuva „in situ", adequadas aos produtores do semi-árido brasileiro.