A Água Como Meio de Reconciliação no Oriente Médio Mehmet Aydin, Sermet Onder
Resumo Água fresca, o elemento da vida, é um recurso crítico no Oriente Médio. Há um conflito entre os países da região por causa de escassez e mau uso da água. A ineficiência é um outro fator. De fato, a água usada no setor agrícola é dez vezes mais que a água usada nos setores industrial e municipal, somados. O crescimento da população nos países do Oriente Médio também contribui para a iminente crise. A população sempre crescente tem exercido uma pressão muito forte nos limitados e vulneráveis atuais recursos de água. Um manejo integrado dos recursos de água, incluindo os aspectos técnicos, sociais e econômicos se faz necessário, em função de que, salvo o petróleo, a água não pode ser facilmente exportada de um país com excedentes de água para um país com insuficiencia desse produto. Isto devido a razões econômicas, políticas, ambientais, psicológicas, ideológicas e emocionais. Um dos aspectos mais importantes dos programas de desenvolvimento de recursos de terra e água é a realização do inventário desses recursos. Os recursos e as oportunidades devem ser minuciosamente conhecidos. Os suprimentos atuais e futuros, disponíveis como resultado de políticas de manejo dos recursos, em termos de previsão de demanda de água por matas ciliares, devem ser considerados. Contudo, no Oriente Médio não há cooperação científica com relação a importância crucial do manejo da demanda, voltado para a eficiência de uso, distribuição equitativa e segurança da água, a longo termo. Se os países envolvidos compartilhassem sua tecnologia de água e seus recursos fronteiriços, a água fresca não os levaria para a guerra. Em 1988, a Turquia propôs uma "adutora da paz", com a água saindo de dois rios turcos, o Cehyan e o Seyhan, que seguiria para o sul, até o mar Mediterrâneo. Essa dupla adutora entregaria água potável a milhões de pessoas na Síria, Jordânia, Arábia Saudita e a outros países árabes do Golfo. |