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Posteres

Utilização das Tecnologias de Captação de Água de Chuva na Região Semi-Árida do Nordeste Brasileiro

Nilton de Brito Cavalcanti, Carlos Alberto Vasconcelos de Oliveira, Luiza Teixeira de Lima Brito, Geraldo Milanez Resende
Embrapa Semi-Árido
Caixa Postal 23. 56.300-000 Petrolina, PE.
E-mail: nbrito@cpatsa.embrapa.br

 

Resumo

A escassez de recursos hídricos que assola a região semi-árida do Nordeste brasileiro, torna praticamente impossível a prática de uma agricultura voltada para produção de excedentes alimentares e para sobrevivência dos rebanhos bovinos, caprinos e ovinos, que são a principal fonte de renda e reserva de poupança dos pequenos agricultores. Todavia, viver nesta região requer dos agricultores, principalmente aqueles das áreas de sequeiro, a utilização de algumas alternativas tecnológicas voltadas para a captação e armazenamento de água das chuvas. Entretanto, quando se analisam os níveis de adoção dessas tecnologias, percebe-se que poucos agricultores utilizam alguma tecnologia de captação de água da chuva. Este trabalho teve como o objetivo fazer um levantamento junto aos pequenos agricultores de 5 municípios da região semi-árida quanto à utilização das tecnologias voltadas para captação e armazenamento de água de chuva. O trabalho foi realizado nos municípios de Simplício Mendes (PI), Morada Nova (CE), Angicos (RN), Jeremoabo (BA) e Inajá (PE) no período de 1996 a 1998. Em cada município foi aplicado um questionário junto aos agricultores selecionados por meio de uma amostra aleatória simples, num total de 179 agricultores, com as seguintes variáveis: 1) agricultores que utilizam a cisterna rural, 2) agricultores que utilizam o barreiro para irrigação suplementar, 3) agricultores que utilizam a barragem subterrânea, 4) agricultores que utilizam o sistema de captação de água de chuva "in situ" e 5) Motivos da não utilização das tecnologias. Os resultados obtidos, mostraram que apenas 9,5% agricultores utilizam a cisterna rural. E que 51,96% dos agricultores não utilizam esta tecnologia por falta de recursos financeiros. As demais tecnologias não foram adotadas por nenhum agricultor. Com esses resultados pode-se concluir que há necessidade de maior difusão e demonstração destas tecnologias para os pequenos agricultores.