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Produtores rurais participam de dia de campo sobre produção e armazenamento de forragem no interior de Petrolina

O cultivo de plantas com maior resistência à seca associado a técnicas de preparo do solo que armazena água de chuva, são métodos práticos que podem ajudar os agropecuaristas a superarem as adversidades climáticas nas áreas de sequeiro do Nordeste. No próximo domingo, dia 28/04, a partir das 10:00 h, a Embrapa Semi-Árido e a Secretaria de Reforma Agrária e Meio Ambiente da Prefeitura Municipal reúnem  cerca de 100 produtores de Rajada, distrito de Petrolina-PE, para apresentar esses métodos.

Apesar da grande frustração das safras das culturas tradicionais (milho e feijão) em quase toda a zona rural do município, as culturas apropriadas associadas ao preparo de solo pode conseguiram produzir, explica o pesquisador Francisco Pinheiro de Araújo, da Embrapa Semi-Árido. O tema do dia de campo será “Produção e Armazenamento de Forragem” quando, além das informações técnicas sobre as culturas, será feito silagem de sorgo e feno de maniçoba.

Guardar para seca

A silagem e a fenação são técnicas que o produtor pode lançar mão para aproveitar o bom desenvolvimento das plantas forrageiras na época de chuva e guardá-las em recipiente adequado para fornecer aos animais durante o período seco quando as pastagens nativas e introduzidas estão com seus níveis nutricionais muito baixos ou praticamente inexistem. Armazenadas na forma de silo ou feno as qualidades nutritivas das plantas são mantidas por mais de um ano.

Com o silo de sorgo, o agricultor tem uma forragem com nível de proteína bruta variando entre 6 e 8 %, o que já o torna uma ração de boa qualidade. O que a destaca como essencial nos sistemas agrícolas do semi-árido é sua resistência à seca com boa produção de matéria verde. O feno de maniçoba chega a ter 20 % de proteína e uma digestibilidade superior 60%. Com as duas forragens em quantidades compatíveis com números de animais e o tempo de duração da estiagem (7-8 meses), a propriedade está bem servida.

Pinheiro destaca que na Unidade de Observação onde o sorgo será colhido para demonstração de seu processamento para silagem, está evidente o ganho que o produtor poderá ter com o plantio de culturas resistentes à seca e o manejo do solo diferenciado. Segundo ele, as espécies foram plantadas poucos dias antes do dia 18 de janeiro. Depois disso, só veio a chover quase 3 meses depois, em 13 de abril, e apenas 24 mm. Apesar disso, as culturas mantiveram uma capacidade de produção satisfatória, havendo uma redução no volume da colheita, menor que a produção obtida em condições de chuvas normais. No entanto, a resistência ao estresse hídrico das culturas impede que a safra seja totalmente perdida como acontece com a quase totalidade dos plantios tradicionais nesse período, garante Francisco Pinheiro.

O Dia de Campo na Fazenda Romão em Rajada, será o primeiro realizado por meio do convênio firmado entre a Embrapa Semi-Árido e Prefeitura de Petrolina. Em outras quatro comunidades, onde estão instaladas Unidade de Observação com culturas resistentes à seca plantadas em solo manejado com técnicas de retenção de água de chuva, também vão ser realizados eventos semelhantes para transferência de tecnologia aos agropecuaristas. Esperamos os homens e mulheres do campo incorporem essas alternativas nos seus sistemas de produção, o impacto positivo sobre sua produção e renda será sentido em pouco tempo, conclui o pesquisador da Embrapa Semi-Árido.

Maiores informações:
Francisco Pinheiro de Araújo – Pesquisador, Embrapa Semi-Árido – tel. 87 3862 1711 r 183  Endereço eletrônico: pinheiro@cpatsa.embrapa.br

Marcelino Lourenço Ribeiro Neto - Jornalista, Embrapa Semi-Árido – tel. 87 3862 1711 r 234
Endereço eletrônico: marcelrn@cpatsa.embrapa.br


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