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Banco de Notícias da Embrapa Semi-Árido

Pesquisa incrementa fruticultura de sequeiro

A vegetação em volta está completamente seca, ressequida. Mas, 20 plantas de siriguela, umbu-cajá, umbuguela, cajá, cajamanga, todas elas, exibem galhos floridos e, em alguns deles, viscejam frutos prestes a amadurecerem. Uma explicação para o contraste da paisagem é que as plantas são enxertadas em pé de umbuzeiro, que tem um eficiente mecanismo de armazenamento de água de chuva nas batatas (xilopódios) localizados em suas raízes.

As plantas enxertadas estão instaladas há 4 anos em área de 0,5 hectares do Campo Experimental da Caatinga da Embrapa Semi-Árido. Elas são as pioneiras de um projeto de pesquisa que pretende desenvolver uma fruticultura nas áreas secas do Nordeste. Segundo Carlos Antonio Fernandes Santos, pesquisador da Embrapa, embora não se possa falar de forma conclusiva, os resultados até o momento são bastante promissores e apontam para a possibilidade de uma fruticultura de sequeiro competitiva e diversificada no semi-árido da região

Sem incompatibilidade

O convívio das espécies frutíferas com o umbuzeiro, sem que ocorra qualquer incompatibilidade, é viável porque todas elas pertencem a um mesmo gênero: Spondias. As plantas enxertadas tem demonstrado um fenômeno semelhante ao vigor híbrido: florescimento mais cedo e frutificação mais rápida do que o umbuzeiro.

Para Carlos Antonio, os frutos das Spondias têm grande aceitação popular. A produção extrativa de Spondias no Nordeste, como o umbuzeiro, situa-se próximo de 20 mil toneladas de frutos/ano. Os recursos obtidos do comércio desses frutos têm participação importante na composição da renda familiar dos pequenos agricultores. Ele afirma que, a comercialização dos frutos de umbuzeiro, cajá e siriguela, coletados por famílias de pequenos produtores ou de assalariados agrícolas, é uma atividade econômica relevante em algumas áreas de vários estados nordestinos. Outra vantagem, diz o pesquisador, é que os frutos são produzidos nos moldes da agricultura orgânica, sem a necessidade de qualquer insumo químico no seu cultivo.

Carlos Antônio ainda destaca a racionalidade de uso da água por parte da planta. Com isso, a Embrapa Semi-Árido entra na corrida movida hoje por grandes centros de pesquisa no mundo: conhecer e utilizar de forma sustentável os mecanismos de resistência à seca.

Maiores informações:

Carlos Antônio Fernandes Santos - Pesquisador Embrapa Semi-Árido

Tel.: 87 3862 1711 r 249

Endereço Eletrônico:  casantos@cpatsa.embrapa.br

Marcelino Ribeiro - Jornalista Embrapa Semi-Árido

Tel.:87 3862 1711 r234/235

Endereço Eletrônico: marcelrn@cpatsa.embrapa.br

 

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