Produção
Integrada aumenta a competitividade da fruticultura brasileira
A produção
integrada vai ser o sistema brasileiro de certificação
de frutas. As normas técnicas que regulam o manejo das culturas
submetidas a esse sistema de produção imprimem nas
frutas brasileiras uma qualidade que atende às exigências
do mercado internacional. Além do mais, como as normas são
elaboradas para culturas específicas, elas são capazes
atender demandas do agronegócio em qualquer região
do país. A opinião é do pesquisador Paulo Roberto
Coelho Lopes, da Embrapa Semi-Árido (Petrolina - PE), unidade
da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, vinculada
ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento,
que coordena o programa de Produção Integrada de Manga
no Vale do São Francisco. Ele irá proferir palestra
sobre Produção Integrada de Frutas durante o Amazontech
2004, que acontece na cidade de Cuiabá, de16 a 21 de agosto.
O PIF agrega qualidade,
produtividade e sustentabilidade à fruticultura do país,
afirma Paulo Roberto. No mercado internacional, essas características
dão credibilidade comercial aos produtos brasileiros. No Vale
do São Francisco, onde está localizado o principal
pólo de fruticultura tropical do Brasil, as áreas submetidas
as normas técnicas estabelecidas pela PIF já somam
quase 6.500 hectares na cultura da manga e mais de 3.000 hectares
na da videira. Essas área tendem a crescer com muita rapidez
pela conformação que tem tomado os mercados interno
e externo, garante Paulo Roberto.
Certificação
- Em várias regiões do Brasil o sistema de produção
integrada está sendo implantado com sucesso, explica o pesquisador
da Embrapa Semi-Árido. E a perspectiva é de que sua
adoção se expanda nos segmentos agrícolas que
apostam na produção de qualidade para crescerem dentro
do agronegócio brasileiro. As estratégias comerciais
na área da fruticultura, tanto para o Brasil quanto o exterior,
não podem ignorar a produção integrada, diz.
A estruturação atual dos mercados eleva os níveis
de competitividade dos produtos, impõe a redução
de custos e sua adequação a padrões de qualidade
cada vez mais exigentes, e isso a PIF contempla, afirma Paulo Roberto.
Entre as empresas produtoras
que aderiram ao PIF há uma grande aceitação
com os manejos previstos no âmbito do programa, assegura o
pesquisador. Naqueles relacionados ao manejo de pragas há resultados
muito satisfatórios. Na cultura da uva, por exemplo, foram
registrados nos pomares monitoradas redução média
no uso de agroquímicos da ordem de38-40%. Nos mangueirais,
esse percentual se eleva para 50%. Os dados evidenciam objetivos
de sustentabilidade ambiental preconizado nas normas técnicas
do programa e que é um atributo importante que o agronegócio
brasileiro precisa para manter ou ampliar espaços da fruticultura
nos mercados interno e externo.
Segundo o pesquisador
a implantação com sucesso da PIF está relacionada
com muitos fatores. Para ele, é imprescindível a existência
de uma infraestrutura competente de pesquisa e desenvolvimento. Da
mesma forma, torna-se necessário a adequação
dos sistemas de produção a requisitos de ordem econômica,
ecológica e social. Um passo importante também é promover
um rico processo de capacitação de técnicos
e produtores. Em meio a esse processo, torna-se preciso estabelecer
normas técnicas específicas e proceder a adequação
das fazendas a fim de que possam se credenciar aobter selo de certificação
da sua produção. Esta certificação é uma
espécie de passaporte para o comércio das frutas brasileiras
nos vários mercados agrícolas.
A Produção
Integrada de Frutas está voltada para a produção
de alimentos de alta qualidade. A adesão ao sistema é livre
por parte de produtores e empresas. No entanto, ao se associarem
comprometem a manejar seus sistemas de produção de
acordo com as normas técnicas.
Marcelino Neto – Jornalista
Embrapa Semi-Árido
Contatos: (87) 3862-1711 - marcelino@cpatsa.embrapa.br
Informações
no Amazontech
Elizabete Antunes (MTb 744/DF)
Assessoria de Comunicação da Embrapa
Contatos: (61) 9965-2212 - bete@sede.embrapa.br
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