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Eventos organizados pela Embrapa Semi-Árido vão transferir tecnologias para produtores das áreas irrigadas e de sequeiro

Nos dias 17 e 18 de abril, a Embrapa Semi-Árido organiza dois eventos com o objetivo de transferir tecnologias para produtores das áreas irrigadas e de sequeiro do Submédio São Francisco.  Para o dia 17 está marcado a realização, em conjunto com outras unidades da Embrapa (Mandioca e Fruticultura e Negócio Tecnológico), do dia de campo sobre a “Cultura da Banana”, no Núcleo 8, Lote do IPA, do Projeto de Irrigação Senador Nilo Coelho, em Petrolina, a partir das 8:30 h. No dia seguinte, 18, o dia de campo é sobre a “Maniçoba para produção animal”. Este evento acontece, a partir das 8:30 h, no Campo Experimental da Caatinga que fica na sede da Embrapa Semi-Árido, no mesmo município.

 As duas culturas, banana e maniçoba, integram o programa de pesquisa das instituições envolvidas na organização dos dias de campo. Ambas são consideradas culturas importantes tanto economicamente quanto socialmente. A banana, no Polo de Irrigação de Juazeiro e Petrolina, é cultivada em cerca de  4.457,5 ha. È uma das cinco fruteiras mais plantadas na região. Apesar disso, o nível de tecnologias usadas nos seus pomares é muito baixo. Por causa disso, a produção média é de 25 t/ha/ciclo (12-14 meses) quando poderia alcançar até 40 t/ha/ciclo, afirma o pesquisador Lázaro Eurípedes Paiva, da Embrapa Semi-Árido, um dos coordenadores do dia de campo.

 A maniçoba é uma planta nativa da caatinga e sua utilização forrageira foi estudada recentemente pela Embrapa Semi-Árido, razão porque sua  área de cultivo atual é pequena. A expansão do seu cultivo não tem sido mais rápida devido  a resistência de alguns produtores que consideram a planta muito tóxica e capaz de matar os animais. A toxicidade das maniçobas é semelhante a da  mandioca e é devido a presença de duas substâncias que se encontram separadas dentro das células quando os tecidos da planta estão íntegros, porém quando ocorrem danos mecânicos ou fisiológicos, as referidas substâncias entram em contato e há a produção de ácido cianídrico que é muito tóxico. Portanto, todo o processo de redução de toxicidade deve incluir inicialmente a trituração para que as referidas substâncias se transformem em ácido cianídrico e possam ser liberadas para a atmosfera antes da ingestão dos alimentos pelos animais. Após a trituração o material deve ser secado ou ensilado, quando apresentam um nível seguro de toxicidade, permitindo inclusive significativos ganhos de peso pelos animais.

Para o pesquisador Marcos Drumond, responsável pela Área de Comunicação Empresarial (ACE) da Embrapa Semi-Árido, a modernização dos sistemas produtivos com a introdução de novas tecnologias é fundamental para melhorar as condições econômicas e sociais dos produtores do semi-árido nordestino e suas famílias. Segundo ele, o Nordeste concentra quase metade dos estabelecimentos de base familiar do país e apenas 2,7% deles têm assistência técnica e 6,3% usam técnicas de conservação do solo. Os dias de campo sobre a “Cultura da Banana”, no dia 17 de abril, e “Maniçoba para produção animal”, no dia 18 de abril, são voltados para treinar os produtores e técnicos nas mais recentes tecnologias geradas pela pesquisa para as duas culturas.

Maiores informações:
Lázaro Eurípedes Paiva – pesquisador, Embrapa Semi-Árido – tel. 0 xx 87 3862 1711
endereço eletrônico: lazaro@cpatsa.embrapa.br
Josias Cavalcanti - pesquisador, Embrapa Semi-Árido – tel. 0 xx 87 3862 1711
endereço eletrônico: josias@cpatsa.embrapa.br
Marcelino Ribeiro – Jornalista, Embrapa Semi-Árido - tel. 0 xx 87 3862 1711
endereço eletrônico: marcelrn@cpatsa.embrapa.br



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