Classificação dos agrotóxicos quanto ao grau de toxicidade 
              Escolha do equipamento de pulverização 
              Pulverizador costal manual 
              Atomizador costal motorizado 
              Pulverizador tratorizado de barra 
              Manutenção dos equipamentos de pulverização 
              Seleção do agrotóxico  
              Transporte e armazenamento dos agrotóxicos 
              Cuidados durante o preparo da calda e aplicação dos produtos 
              Lavagem e descarte das embalagens vazias 
            Período de carência  
          
            
            
            
             
           Embora os  agrotóxicos sejam de fácil aplicabilidade e apresentem resultados  imediatistas, o seu emprego contínuo e, na maioria das vezes, de  forma errônea, têm acarretado impactos severamente negativos para o  homem, animais e ambiente. No entanto, quando estes são aplicados na  agricultura seguindo todas as normas de uso e os cuidados que lhes  são peculiares tornam-se um importante aliado do agricultor no  controle ou convivência com as pragas de Socioeconomia  presentes no agroecossistema do meloeiro. 
           Pela  Lei no  7.802, regulamentada pelo Decreto no  4.074, de 4 de janeiro de 2002, o termo agrotóxico e afins é  definido como produtos e agentes de processos físicos, químicos ou  biológicos, destinados ao uso no setor de produção, no  armazenamento e beneficiamento de produtos agrícolas, nas pastagens,  na proteção de florestas, nativas ou plantadas, e de outros  ecossistemas e de ambientes urbanos, hídricos e industriais, cuja  finalidade seja alterar a composição da flora ou da fauna, a fim de  preservá-las da ação danosa de seres vivos considerados nocivos,  bem como as substâncias e produtos empregados como desfolhantes,  dessecantes, estimuladores e inibidores de crescimento. 
          
              
                | Classificação dos agrotóxicos quanto ao grau de toxicidade | 
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          a)  Classe I - extremamente tóxica (faixa vermelha). 
          b)  Classe II - altamente tóxica (faixa amarela).  
          c)  Classe III - medianamente tóxica (faixa azul). 
          d)  Classe IV - pouco tóxica (faixa verde). 
          
              
                | Escolha do equipamento de pulverização | 
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            Há  poucos equipamentos específicos no mercado para o uso na aplicação  de produtos químicos no controle de pragas do meloeiro. Estes  equipamentos devem ser escolhidos de acordo com o objetivo da  pulverização, condições econômicas do agricultor, fase de  desenvolvimento da cultura e do tamanho da área a ser pulverizada.  
           A  seguir serão apresentados os principais tipos de pulverizadores  utilizados na aplicação dos agroquímicos visando o controle de  pragas do meloeiro.           
          
              
                | Pulverizador costal manual | 
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            É  um dos equipamentos de pulverização mais utilizados, principalmente  por pequenos agricultores que possuem baixo poder aquisitivo. O  rendimento com esse equipamento pode atingir até 0,9 ha/homem/dia.  Uma das desvantagens que esse equipamento oferece é a não  manutenção da pressão constante. Todavia, este problema pode ser  solucionado intercalando-se entre o gatilho e o bico, uma válvula  reguladora de vazão/pressão, disponível no mercado. Esta válvula  faz com que, havendo falta de pressão, a calda seja impedida de  passar para o bico. Mas se  a  pressão no êmbolo estiver acima daquela da válvula, esta deixará  passar a calda somente na pressão estipulada. Desta forma, a  pulverização será sempre constante.           
          
              
                | Atomizador costal motorizado | 
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            Este  equipamento possui bomba centrífuga permitindo uma vazão uniforme  do líquido; gera gotas de espectros e diâmetros adequados, as  quais, pelo efeito da corrente de ar, servem para aumentar a  penetração na massa foliar do meloeiro e proporcionar uma boa  cobertura nas partes de difícil acesso pela calda. Este tipo de  pulverizador proporciona um rendimento de até 0,9 ha/ homem/hora. As  desvantagens ficam por conta do peso da máquina, ruído e falta de  habilidade por maior parte dos operadores em manter o perfeito  funcionamento da máquina podendo, com isso, comprometer a cobertura  adequada do cultivo com o produto que está sendo aplicado.           
          
              
                | Pulverizador tratorizado de barra | 
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            Este  tipo de pulverizador é específico para culturas de porte rasteiro  como é o caso do meloeiro. Neste equipamento é possível ajustar a  velocidade de deslocamento, a distância entre os bicos, a distância  destes da cultura e a pressão de trabalho em função da cultura e  da praga. Podendo-se, ainda,  acoplar acessórios para melhor dirigir  o jato da calda para o alvo. 
          
              
                | Manutenção dos equipamentos de pulverização | 
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            Os  equipamentos devem estar sempre em condições adequadas de uso.  Devem ser lavados com água e sabão após cada aplicação. Tanto a  revisão, como a lavagem do pulverizador deve ser feita longe de  crianças, animais, córregos e nascentes.  
           Para  que haja um perfeito funcionamento da máquina de pulverizar e para  que o manuseio com a mesma proporcione nenhum ou menor risco à saúde  do aplicador alguns cuidados fundamentais devem ser tomados tais  como: utilizar equipamentos sem apresentar vazamentos; utilizar bicos  apropriados para a cultura; utilizar filtros de entrada antes do  tanque, antes da bomba e dos bicos, no caso de pulverização  motorizada; aferição da pressão de pulverização através de  manômetro e corrigir o pH da calda de pulverização, caso seja  necessário.           
          
          
          
          
          
           A  seleção do agrotóxico a ser utilizado dar-se-á considerando-se  alguns parâmetros, tais como:  
          
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Selecionar  	produtos com eficiência conhecida para o alvo a que se deseja  	controlar.  
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Conhecer  	a seletividade, poder residual e grau de toxicidade do princípio  	ativo.  
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Conhecer  	os mecanismos de ação dos produtos, não os associando quando  	estes forem iguais.  
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Conhecer  	a fenologia da cultura, o hábito e o ciclo de desenvolvimento do  	inseto ou forma afim, pois, estes são fatores determinantes para  	utilização de alguns produtos específicos. 
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Utilizar  	produto registrado pelo MAPA.           
              
           
            
              
                | Transporte e armazenamento dos agrotóxicos | 
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            Existe  uma legislação que normatiza o transporte e o armazenamento dos  agrotóxicos. Os fornecedores desses produtos estão capacitados para  o transporte dos mesmos, por isso sempre que possível deve-se  utilizar os serviços dessas pessoas para o transporte desses  insumos. Caso não seja possível, alguns cuidados deverão ser  tomados durante o transporte, tais como: não misturar a carga com  medicamentos, alimentos e pessoas; o veículo deve apresentar ótimas  condições de deslocamento; não transportar embalagens que  apresentem vazamentos e não estacionar o veículo próximo a  residências ou local de aglomeração de pessoas ou animais.  
           Os  agrotóxicos devem ser armazenados em local com boa ventilação,  livre de inundações e distante de residências, instalações para  animais ou de locais onde se armazenam alimentos ou rações. Os  produtos devem ser devidamente agrupados em prateleiras, por classe  de princípio ativo, nunca devem estar em contato direto com o piso e  sempre apresentar os rótulos intactos. O depósito deve ficar  trancado e sinalizado com uma placa alertando sobre a presença de  material tóxico.           
          
              
                | Cuidados durante o preparo da calda e aplicação dos produtos | 
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           O  preparo da calda pode ser realizado pela adição direta do produto  no tanque de pulverização ou através de pré-diluição. Nesse  último caso, dissolve-se o produto em pequena quantidade de água,  agitando-se até a completa homogeneização da suspensão. A seguir  despeja-se a suspensão no tanque de pulverização que deve estar  com dois terços do volume de água a ser utilizada. Após essa  etapa, completa-se o volume total de água do tanque. Durante esse  processo alguns cuidados são fundamentais, tais como: 
          
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 A utilização dos equipamentos de  	proteção individual (EPIs) torna-se imprescindível para quem  	manuseia com os agrotóxicos. Dentre estes se destacam: o macacão,  	luvas, botas de borracha, óculos protetores e máscara. 
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 O preparo da calda deve ser realizado  	em local sombreado, aberto e que apresente boa ventilação. 
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 As instruções presentes nos rótulos  	do produto devem ser seguidas corretamente. 
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 Evitar inalação, respingo e contato  	com os produtos, não desentupir bicos ou orifícios com a boca,  	assim como, não beber, comer ou fumar durante o manuseio e a  	aplicação dos produtos. 
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 Evitar pulverizar nas horas mais  	quentes do dia, contra o vento e em dias de vento forte e chuvosos. 
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 A embalagem deverá ser aberta com  	cuidado para evitar derramamento do produto. 
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 Fazer a lavagem da embalagem vazia  	logo após o esvaziamento da mesma, longe de locais que possam ser  	contaminados e causem riscos à saúde das pessoas. 
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 Verificar o pH da água de  	pulverização e corrigir, caso necessário, seguindo as instruções  	do fabricante do agrotóxico que será aplicado. 
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 O uso de uma pressão adequada ao  	objetivo a que se destina a pulverização é fundamental para a  	obtenção de uma distribuição uniforme do produto sobre a planta. 
              
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