Embrapa Semiárido
Sistemas de Produção, 1 – 2a. edição
ISSN 1807-0027 Versão Eletrônica
Agosto/2010
Sistema de Produção - Cultivo da Videira
Davi José Silva
Clementino Marcos Batista de Faria
Teresinha Costa Silveira de Albuquerque

Sumário

Apresentação
Caracterização social e econômica da cultura da videira
Aspectos agrometeorológicos da cultura da videira
Manejo e conservação do solo
Mecanização
Nutrição, calagem e adubação
Cultivares
Produção de mudas de videira
Implantação do vinhedo
Irrigação e fertirrigação
Manejo da parte aérea
Manejo de cachos e reguladores de crescimento Doenças
Pragas
Normas gerais sobre o uso de agrotóxicos
Colheita e pós-colheita
Comercialização, custos e rentabilidade Referências
Glossário
Expediente

Nutrição, calagem e adubação

 

Nutrientes essenciais e sintomas de deficiência e toxidez
Amostragem e análise de solo
Amostragem e análise de planta
Calagem
Nutrição e adubação

 

A nutrição mineral é um componente chave do manejo do vinhedo e tem o potencial de influenciar vários aspectos da produção da videira. Independentemente dos outros fatores de produção, tais como irrigação, manejo da cultura e tratos fitossanitários, as adubações devem ser realizadas com base em uma análise criteriosa das condições de solo e das exigências da cultura da videira, para que se obtenham produtividades elevadas e uvas com excelente qualidade.

Nutrientes essenciais e sintomas de deficiência e toxidez

Nitrogênio (N): Os sintomas de deficiência surgem primeiro nas partes mais velhas da planta. A falta deste elemento se manifesta por um débil desenvolvimento das plantas, folhas pequenas de coloração amarelada (Figura 1), baixo desenvolvimento vegetativo e radicular, encurtamento dos entrenós, brotações contorcidas e avermelhadas, baixo percentual de pegamento dos frutos, cachos pequenos e desuniformes, resultando numa baixa produtividade. O crescimento, produção, tamanho de bagas e de cachos diminuem, antes mesmo que apareçam os sintomas visuais de deficiências. Por outro lado, o excesso de N pode resultar em aumento de vigor das plantas, aborto de flores, atraso na maturação dos cachos, dessecamento da ráquis e dos sarmentos e predisposição à doenças. Dificilmente são observados sintomas visuais de deficiência desse nutriente nas videiras cultivadas na região do Submédio do Vale do São Francisco, visto que os viticultores, além da Nutrição e Adubação com N mineral, aplicam de 20 m3.ha-1 a 60 m3.ha-1 de esterco de curral que apresenta, aproximadamente, 1% de N.

Foto: Teresinha Costa Silveira de Albuquerque.
Figura 1. Videiras desenvolvidas em hidroponia com e sem sintoma de deficiência de N.
 

Fósforo (P): Os sintomas de deficiência ocorrem, inicialmente, nas folhas mais velhas, tanto no limbo como nas nervuras e nos pecíolos, e se caracterizam por uma clorose nas cultivares de uvas brancas e presença de antocianina (coloração roxo-violeta) em cultivares de uvas tintas, evoluindo para necrose e secamento. A deficiência desse elemento causa redução no desenvolvimento do sistema radicular, retardamento no crescimento e escassa lignificação dos tecidos. Entretanto, essa sintomatologia manifesta-se apenas quando a deficiência é muito acentuada, o que geralmente não acontece em áreas de vinhedos, nas regiões produtoras de uva.

Potássio (K): A carência de K retarda a maturação e promove a produção de cachos pequenos, frutos duros, verdes e ácidos. Os sintomas de deficiência manifestam-se, em primeiro lugar, nas folhas mais velhas como um amarelecimento internerval em cultivares de uvas brancas, seguida de necrose da zona periférica do limbo que vai progredindo para o interior do tecido internerval. Em cultivares de uvas roxas, as folhas apresentam, inicialmente, uma coloração arroxeada entre as nervuras, seguindo-se de necrose progressiva dos tecidos do limbo.

Cálcio (Ca): A deficiência desse nutriente causa a paralisação do crescimento dos ramos e das raízes, devido a morte dos tecidos dos ápices meristemáticos (Figura 2), retardando o desenvolvimento da planta. Afeta, particularmente, os pontos de crescimento da raiz. Nas folhas jovens a deficiência manifesta-se por uma clorose internerval e marginal, seguida de necrose das margens do limbo, podendo ocasionar, ainda, a morte dos ápices dos ramos.

Foto: Teresinha Costa Silveira de Albuquerque.
Figura 2. Planta de videira cultivada em solução nutritiva com sintoma de deficiência de Ca.
 

Magnésio (Mg): Plantas deficientes em Mg apresentam clorose internerval nas folhas velhas, sendo que as nervuras permanecem verdes. Em cultivares de uvas brancas, as manchas cloróticas evoluem até a necrose dos tecidos do limbo. Em cultivares de uvas tintas, as manchas tomam coloração arroxeada, evoluindo, também, até a necrose do tecido. Sua deficiência poderá provocar redução no desenvolvimento da planta e na produtividade. Nas cultivares de videira enxertadas em alguns porta-enxertos, como o 'SO4', é comum o aparecimento de deficiência de Mg (Figuras 3a e 3b), por apresentarem uma baixa capacidade de absorção desse elemento.

Fotos: Teresinha Costa Silveira de Albuquerque.

A

B
Figura 3. Sintomas de deficiência de Mg: a) no porta-enxerto SO4; b) em plantas de videira 'Thompson Seedless' x 'SO4'.
 

Enxofre (S): Os sintomas de deficiência de S aparecem, inicialmente, nas folhas mais novas, por causa da sua baixa mobilidade no floema e se caracterizam por uma clorose semelhante à da deficiência de N. A carência de S dificilmente será diagnosticada em videira, vez que este elemento está presente na composição dos fertilizantes químicos e orgânicos que são incorporados ao solo, bem como nos defensivos agrícolas que contém S.

Boro (B): Os sintomas de deficiência de B manifestam-se primeiramente nas folhas novas, evoluindo para os frutos, e provoca diminuição dos internódios, morte do ápice vegetativo e envassouramento. Nas inflorescências, ocorrem aborto excessivo de flores, raleando os cachos. A caliptra não se solta com facilidade por ocasião da florada, permanecendo sobre a baga em desenvolvimento. Pode ocorrer dessecamento parcial ou total dos cachos, necrose interna e externa nas bagas.

Cobre (Cu): A carência de Cu não é comum na videira. Em algumas situações pode-se observar danos causados pelo seu excesso, tais como: clorose das folhas e dos ramos novos, desenvolvimento reduzido da parte aérea e do sistema radicular, baixa germinação do pólen, resultando em baixa fertilização das flores, com uma queda acentuada de bagas. Sua toxicidade pode ocorrer em consequência da aplicação excessiva de fungicidas cúpricos.

Ferro (Fe): A sua carência aparece como uma clorose inter nerval do limbo, iniciando-se pelas folhas jovens, com sucessiva necrose da margem do limbo e queda das folhas. Sua deficiência é conhecida como clorose férrica e se manifesta em videira estabelecida em solos calcários e com pH elevado. Esse problema pode evidenciar-se em áreas de vinhedos que receberam calagem excessiva e/ou altas doses de P. Esta clorose está relacionada, também, ao conteúdo excessivo de outros micronutrientes existentes no solo, tais como Mn e Cu.

Manganês (Mn): A sua carência se manifesta por clorose marginal e internerval não bem definida nas folhas maduras. No entanto, a toxidez de Mn é muito mais freqüente que a sua deficiência, mostrando-se mais severa em solos ácidos das regiões tropicais e subtropicais. Sintomas de toxidez por Mn em videira também são observados em solos com problemas de encharcamento. Nestas condições, o Mn é reduzido e liberado para a solução do solo, em teores considerados tóxicos para esta cultura. A toxidez resulta em necrose das folhas, dessecamento e desfolhamento.

Molibdênio (Mo): A sua deficiência manifesta-se nas folhas novas ou velhas como clorose, nervuras brancas, deformação e necrose nas margens em decorrência do devido ao excesso local de nitrato. A detecção de sua carência em videira tem sido muito rara.

Zinco (Zn): Os sintomas de deficiência de Zn surgem nas folhas novas. Geralmente os internódios tornam-se curtos, com folhas pequenas e cloróticas, com uma faixa verde ao longo das nervuras principal e secundária. Videira deficiente em Zn tende a produzir cachos menores que o normal. As bagas apresentam tamanho variável, de normal a muito pequenas e, geralmente, permanecem duras e verdes e não amadurecem.

Amostragem e análise de solo

A análise química do solo é muito importante para se fazer a recomendação de Nutrição e Adubação. No entanto, é necessário que se faça uma amostragem de solo criteriosa, de modo que a amostra represente as condições reais do campo.

Inicialmente, procede-se a divisão da área da propriedade em subáreas, levando-se em conta a topografia, a vegetação, a cor e a textura do solo e o uso (natural ou cultivado). Para cada subárea, deve-se coletar 20 amostras simples a uma profundidade de 0-20cm e outras 20 a uma profundidade de 20-40cm, colocando a terra em duas vasilhas limpas. Misturar toda a terra coletada de cada profundidade e, de cada mistura, retirar uma amostra composta com aproximadamente 0,5 kg de solo e colocá-la num saco plástico limpo. Identificar ambas as amostras e enviá-las para um laboratório. Nunca coletar amostra em locais de formigueiro, monturo, coivara ou próximo a currais. Antes da coleta, limpar a superfície do terreno, caso tenha mato ou resto vegetal.

Em parreirais já estabelecidos, deve-se fazer a amostragem após a colheita e antes de efetuar a Nutrição e Adubação de fundação, nos espaços correspondentes às faixas em que se distribui os fertilizantes, coletando-se uma na profundidade de 0-20cm e outra na profundidade de 20-40 cm. Caso não tenha realizado análise de solo antes da implantação do parreiral ou extraviado os resultados dessa análise, é necessário fazer uma amostragem também, no espaço das entrelinhas, que não recebe adubo, nas profundidades citadas.

Amostragem e análise de planta

A análise mineral da planta é outra informação importante para se fazer a recomendação de Nutrição e Adubação, devendo-se também fazer uma amostragem criteriosa.

A época adequada para amostragem é o período de florescimento. O solo da área a ser amostrada, deve ser o mais homogêneo possível; deve-se coletar folhas da mesma cultivar, com a mesma idade e que representem a média da plantação. Não se deve coletar amostras quando, nos dias anteriores, se fez uso de Nutrição e Adubação no solo ou foliar, aplicaram-se defensivos, ou após períodos intensivos de chuvas. Na coleta deve-se selecionar apenas folhas inteiras e sadias.

Coletar as folhas, juntamente com o pecíolo, na posição oposta ao primeiro cacho, a partir da base do ramo (Figura 4). Coletar uma folha por planta, num total de 50 a 100 folhas/ha para formar uma amostra e colocar em saco de papel; para análise de limbo ou de pecíolo, os quais devem ser separados no momento da amostragem (Figura 5); identificar as amostras e enviá-las, imediatamente, para um laboratório. Não sendo possível a remessa imediata, as folhas devem ser conservadas em ambiente refrigerado, o que permitirá a sua limpeza quando da chegada ao laboratório. A Tabela 1 contém os teores de nutrientes na planta considerados adequados.

Ilustração: José Clétis Bezerra
 
Figura 4. Posição da folha no ramo da videira que deve ser coletada.
 

 

Ilustração: José Clétis Bezerra
Figura 5 . Separação do limbo foliar e do pecíolo durante a amostragem e colocação do material vegetal no saco de papel. Ilustração: José Clétis Bezerra
 

 

Tabela 1. Faixas de concentração de nutrientes no pecíolo, limbo e na folha completa da videira na fase de pleno florescimento.

Tecido

vegetal

N

P

K

Ca

Mg

S

B

Cu

Fe

Mn

Zn

-------------------------------- g.kg-1 ----------------------------

------------------------ mg.kg-1 -----------------

Pecíolo

13–18

2,3–2,8

22–27

9–14

4,3–4,8

1,4–1,9

35–43

13–17

97–105

47–53

33–38

Limbo

28–33

2,4–2,9

6–11

12–17

3,0–3,5

2,7–3,2

35–43

18–22

97–105

67–73

23–28

Folha

30–35

2,4–2,9

15–20

13–18

4,8–5,3

3,3–3,8

45–53

18–22

97–105

67–73

30–35

Fonte: Terra (2003).
 

 

Calagem

A calagem tem a finalidade de corrigir a acidez do solo, elevando o pH e neutralizando os efeitos tóxicos do alumínio (Al) e Mn, concorrendo assim, para que haja um melhor aproveitamento dos nutrientes pelas culturas. Além da correção da acidez, a calagem eleva os teores de Ca e Mg do solo, porque o calcário, que é o corretivo normalmente usado, contém altos teores desses nutrientes.

No Submédio do Vale do São Francisco, dificilmente ocorrem solos com acentuados problemas de acidez, mas ocorrem solos deficientes em Ca e Mg, e considerando-se a importância do Ca em conferir maior resistência aos frutos tanto no transporte, como no armazenamento, recomenda-se elevar os teores desses elementos no solo. Há vários métodos para se estimar a quantidade de calcário a ser adicionada ao solo, a qual deve ser determinada com base nos resultados da análise de solo, de modo que eleve a saturação de bases (V) a 80% e/ou o teor Ca2+ para 2 cmolc.dm-3 e o de Mg2+ para 0,8 cmolc.dm-3.

Por ocasião da implantação do parreiral, o calcário deve ser aplicado a lanço e incorporado ao solo por meio de gradagem antes da abertura das covas para o plantio das mudas de videira. Quando as covas estiverem abertas, deve-se aplicar mais uma pequena quantidade de calcário (100 g/cova a 200 g/cova), dependendo da análise química do solo e do volume de terra da cova, no momento em que se vai fazer a Nutrição e Adubação de plantio. Em parreirais já estabelecidos, o calcário deve ser aplicado a lanço sobre faixas entre as fileiras de plantas, seguido de sua incorporação ao solo. Neste caso, deve-se levar em consideração a área das faixas e não a área total do terreno para se calcular a quantidade deste corretivo.

O gesso agrícola, também, é utilizado para aumentar o teor de Ca no solo em algumas situações: 1) em solos com excesso de sódio. Neste caso, a aplicação de gesso deve ser seguida de irrigação abundante e drenagem eficiente; 2) em solos que apresentem Al na camada subsuperficial; 3) em solos com baixa relação Ca/Mg.

 

Nutrição e Adubação

O manejo de Nutrição e Adubação da videira envolve três fases: 1) Nutrição e Adubação de plantio; 2) Nutrição e Adubação de crescimento e 3) Nutrição e Adubação de produção.

Nutrição e Adubação de plantio: Depende, essencialmente, da análise do solo (Tabela 2). Os fertilizantes minerais e orgânicos são colocados na cova e misturados com a terra da própria cova, antes de se fazer o transplantio das mudas. A quantidade de matéria orgânica situa-se em torno de 20 a 40 litros de esterco de curral curtido ou de outro produto similar por cova.

Nutrição e Adubação de crescimento: Constitui-se de aplicações de N e K com a utilização de fertilizantes minerais (Tabela 2). O N deve ser aplicado a partir de 30 dias após o transplantio das mudas até o oitavo mês de crescimento. As doses de N serão definidas em função do teor de matéria orgânica do solo e das quantidades de esterco de curral aplicadas. Solos que apresentam teor de matéria orgânica abaixo de 20 g.kg-1, e que receberam doses de esterco de curral ou material equivalente inferior a 20 m3.ha-1 necessitam de uma dose de N equivalente a 260 kg.ha-1. Nos solos cuja quantidade de esterco de curral aplicada for superior a 40 m3.ha-1, a dose de N deve ser inferior a 260 kg.ha-1. A Nutrição e Adubação potássica pode ser realizada com base nos teores de K disponível ou na saturação de K em relação à CTC (Tabela 2). Embora a Nutrição e Adubação potássica seja recomendada quando a saturação de K for superior a 15% no solo, não se deve aplicar K, tanto na fase de crescimento, como na fase de produção, se a condutividade elétrica do extrato de saturação estiver acima de 2 dS.m-1.

Tabela 2. Nutrição e Adubação de plantio e de crescimento da videira com base na análise de solo.  
Fase
N
P no solo, mg.dm-3
K no solo, cmolc.dm-3
Solo arenoso
<11
11-20
21-40
>40
<0,16
0,16-0,30
0,31-0,45
>0,45
Solo argiloso
Kx100/CTC
<6
6 - 10
11- 20
>20
<5
5 - 10
11 - 15
>15
kg ha-1
------ kg.ha-1 de P2O5 ------
----------------- kg.ha-1 de K2O -----------------
Plantio
-
160
120
80
40
30
-
-
-
Crescimento
260
-
-
-
-
160
120
80
40
Fonte: Dados da Embrapa Semiárido.
 

Nutrição e Adubação de produção: Na Nutrição e Adubação de produção, realizada após a primeira poda de frutificação e a cada ciclo vegetativo, os nutrientes devem ser aplicados de forma equilibrada, sempre respeitando as necessidades nutricionais de cada fase fenológica desta cultura. A recomendação de Nutrição e Adubação deve ser feita com base na produtividade esperada (Tabela 3) e nos resultados da análise de solo realizada antes da poda de produção, bem como associada aos resultados da análise foliar e ao desenvolvimento da cultura.

Em decorrência do baixo teor de matéria orgânica na maioria dos solos da região do Submédio do Vale do São Francisco, o uso de adubo orgânico é imprescindível para o cultivo da videira na região, considerando-se os seus benefícios. As quantidades de N a serem aplicadas na fase de produção dependem do vigor da planta no ciclo anterior e do vigor da copa, variando de 150 kg.ha-1 de N quando o vigor for baixo a 60 kg.ha-1 de N quando alto. A Nutrição e Adubação potássica pode ser realizada com base nos teores de K disponível no solo ou na saturação de K em relação a CTC. Quando os teores de Mg e dos micronutrientes B e Zn estiverem abaixo do nível crítico ou em desequilíbrio com outros nutrientes, recomenda-se a sua correção por meio da aplicação de fertilizantes específicos no solo ou via foliar.

Na Nutrição e Adubação das cultivares de uva de mesa sem sementes, as doses de nutrientes recomendadas para as fases de transplantio das mudas e de crescimento das plantas são as mesmas recomendadas para videiras com sementes (Tabela 2), contudo, com intervalos menores, para aquelas cultivares com ciclo fenológico mais curto.

Tabela 3. Nutrição e Adubação de produção da videira, em função da produtividade e análise de solo.  

Produção esperada

N

P no solo, mg.dm-3

K no solo, cmolc.dm-3

Solo arenoso

<11

11-20

21-40

41-80

>80

<0,16

0,16-0,30

0,31-0,45

>0,45

Solo argiloso

Kx100/CTC

<6

6-10

11-20

20-40

>40

<5

5-10

11-15

>15

t ha-1

kg ha-1

-------------- kg.ha-1 de P2O5 --------------

-------------- kg.ha-1de K2O ------------

< 15

60-150

120

80

40

20

0

100

75

50

0

15 - 25

60-150

160

120

80

40

0

200

150

75

50

26 - 35

60-150

200

160

120

60

0

300

225

100

75

> 35

60-150

240

200

160

80

0

400

300

150

100

Fonte: Dados da Embrapa Semiárido.
 

Na Nutrição e Adubação de produção, as doses dos fertilizantes fosfatados são recomendadas da mesma forma que para as cultivares de uvas com sementes (Tabela 3), enquanto as adubações nitrogenadas e potássicas são diferentes. Ou seja, nas cultivares de uva sem sementes, as doses de N estão relacionadas com o vigor da planta no ciclo anterior, que por sua vez, também está relacionado com o vigor do porta-enxerto utilizado, variando de 0 kg.ha-1 (enxerto e porta-enxerto muito vigorosos) a 90 kg.ha-1de N (enxerto e porta-enxerto de baixo vigor). Na prática, tem-se observado que as cultivares de uvas sem sementes são menos exigentes em N e mais exigentes em K, que aquelas de uvas com sementes. Assim, as doses de K recomendadas devem ser aumentadas em cerca de 30% nestas cultivares em relação àquelas com sementes.

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